E se eu mentir pra mim?
E se eu mentir pra mim?
Minha prece mais forte todos os dias, pela manhã e à noite: “que eu me reconheça de verdade mesmo se não for muito bonito o que descobrir.”
Entre os 5 preceitos do compromisso no Budismo está não mentir; na verdade deveria ser um preceito para todas as relações.
Mentir é tentar confundir a opinião do outro, seja de qual forma for.
Mentir é sempre uma forma de defesa, de si, de suas coisas, dos outros.
Mas mentir para si mesmo é grave. É tentar se enganar.
Mas na maior parte das vezes estamos tão inseguros que parece natural mentir para nós mesmos ou…nem percebemos que estamos tentando nos enganar.
A gravidade é porque nesses momentos estamos sem lucidez.
E lucidez é fundamental.
Comumente as mentiras acontecem quando a gente acredita nas nossas certezas.
A segunda prece mais forte: “qual é a minha verdadeira motivação a cada ato, a cada pensamento a cada palavra, a cada intenção?
Que eu possa ter coragem de, pelo menos no silêncio do meu cantinho, reconhecer a minha verdade.
Quando roubei, roubei. Quando agredi, agredi. Quando fofoquei, fofoquei. Quando matei, matei. Quando trai, trai. Quando usei toxico, usei. Quando menti, menti.
Tudo bem.”
Mas mudar é preciso.
Ser honesto consigo mesmo nem sempre é fácil. Mas é fundamental.
Reconhecer é o primeiro passo da mudança.
Escapar do autoengano é libertador.